Abobrinhas Refogadas

segunda-feira, julho 31, 2006

BRRRRRR - mas que frio!

Só quero minha cama, dvd e chocolate quente!
(que natureza inquieta, de onde vem tanta fúria e inquietação?)
Como esse desejo entra na categora sonho, e a realizadade histericamente me espera, vou ao menos aquecer meu coração e mente com alguns versinhos de Quintana...


I - A Rua dos Cataventos
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!


Canção de Barco e de Olido
Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.

Ai esquinas esquecidas...
Ai lampiões de fins de linha...
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?

Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares...
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares...

No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.


Obsessão do Mar Oceano
Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas... e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.


Da Observação
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...


Das Utopias
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Do Amoroso Esquecimento
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?


O Pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.


Exame de Consciência
Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?


Evolução
O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.

sábado, julho 29, 2006

Clique aqui e confira a programação (agora oficial) do Canto de Julho!!!

sexta-feira, julho 28, 2006

O centenário de Mário Quintana


Eu Escrevi um Poema Triste

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

Mário Quintana


Apelidado de Poetinha por Vinícius de Moraes, faleceu em 05 de maio de 1994, poucas pessoas notaram seu falecimento devido à comoção nacional por conta da morte de Ayrton Senna.
No dia 30 de julho Mário Quintana completaria 100 anos.
Para celebrar o centenário, o MIS – Museu da Imagem e do Som e o SESC Carmo organizaram uma programação especial.
Com o material cedido pela CCMA - Casa de Cultura Mario Quintana e editado pelo MIS, será apresentado um programa audiovisual com depoimentos de pessoas que conviveram com o autor, entrevistas, programas de televisão e declamação de poesias, onde o próprio Mário Quintana constrói reflexões sobre o mundo, sua trajetória e bibliografia.
Depois do evento a documentação continuará disponível para pesquisa no acervo audiovisual do MIS.
Dentro do projeto Quintanares, no SESC Carmo teremos leituras de obras do autor pela atriz Esther Góes e intervenções poéticas com integrantes da Cia. Duo de Malas Teatrais.
Ótimas oportunidades para conferir de perto o trabalho do autor!


Centenário de Mario Quintana
MIS - Museu da Imagem e do Som
(Av. Europa, 158, São Paulo-SP). Informações: (11) 3062-9197 / (11) 3088.0896
De 20/7 a 13/8. Horários: terça a domingo, às 20h
R$ 3,00 (inteira) e R$1,50 (meia)

Quintanares
SESC Carmo
Rua do Carmo, 147 - Centro Tel.: 3105-9121
De 26 de julho, às 14h e 31 de julho, às 13h.
Grátis.


quinta-feira, julho 27, 2006

É chegada a hora!

Friozim na barriga que avança pra espinha... Ah!!!! Bruuurrrrrr!!!
E foi dada a largada!
Começaram as inscrições para a 59 º turma do Curso Técnico para formação de Atores da Escola de Arte Dramática - EAD da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - USP.
As inscrições serão feitas de 2 a 31 de outubro, das 16h às 21h.

No ato da inscrição o candidato deverá apresentar os seguintes documentos:
I. Histórico escolar do Ensino Médio ou atestado da Escola que está cursando (original);
II. Carteira de Identidade (original e cópia) que comprove idade mínima de 18 anos ou a completar até o dia 13 de fevereiro de 2007 (terça-feira);
III. Será indispensável à entrega de uma foto 3 x 4 de frente, recente;
IV. Ter recolhido o valor da inscrição de R$ 100,00 (cem reais), que deverá ser pago, por meio de depósito bancário, no Banco do Brasil - Agência 1897-X (Cidade Universitária), Conta Corrente: 18033-5, em nome da Escola de Comunicações e Artes - EAD (CNPJ 63.025.530/0021-58), O comprovante de depósito , atestando o pagamento da taxa de inscrição, deverá ser apresentado no ato da inscrição. Não haverá devolução do valor pago em nenhuma hipótese.

Para o ano de 2007 foram reservadas 20 vagas.
A seleção será divida em 03 etapas:
Exame de Interpretação - com base em cena de livre escolha do candidato, com duração máxima de três minutos.
Exame Público de Interpretação - consistirá de cena a ser extraída da lista de 20 peças.
Exame Teórico e Estágio de Seleção - constituída de duas partes, na primeira questões sobre temas a serem escolhidos pela Banca Examinadora dentre 03 textos indicados e a segunda parte de uma redação.

A primeira fase ocorrerá nos dias 27, 28 e 29 de novembro de 2006
O resultado será divulgado pela Secretaria da Escola até o dia 15 de dezembro de 2006 (sexta-feira).

Maiores informações http://www.eca.usp.br/coletecn/infogera/procsel.asp

segunda-feira, julho 17, 2006

Teatro em Osasco a preços populares!

A Caravana Paulista de Teatro traz mais um espetáculo profissional à cidade de Osasco: Querida Helena.
O espetáculo que já foi montado na Rússia, Alemanha, Itália, Espanha, França, Dinamarca, EUA, Chile e Argentina, terá única exibição no Teatro Municipal de Osasco.
Narra a história de quatro alunos que fazem uma visita surpresa à sua professora com o pretexto de cumprimentá-la. A partir daí, uma série de acontecimentos perturbadores revelam a verdadeira intenção dos alunos.

Ficha Técnica
Texto: Ludmila Razumovskaia
Tradução: Tatiana Belinky
Direção: Iacov Hillel (diretor conceituado e prof. da EAD)
Elenco: Eliana Guttman, Alan Medina, Cássio Inácio, Clarissa Kiste e Theodoro Cochrane
Duração: 100 minutos
Censura: 14 anos

A apresentação será dia 26 de julho (quarta-feira) às 20h30 no:
Teatro Municipal de Osasco
Av. dos Autonomistas, 1533 ( em frente ao Carrefour)
informações: 3682 3916 / 3685 9596
INGRESSOS: R$ 5,00 (INTEIRA) E R$ 2,50 (MEIA-ENTRADA)
Não Percam!


Cena de Querida Helena com Eliana Guttman

sexta-feira, julho 14, 2006

Charge do dia:




Sou brasileira (ou hipocondríaca) e não desisto nunca! rs

quinta-feira, julho 13, 2006

13 de Julho - Dia Mundial do Rock


Gênero derivado da música negra dos Estados Unidos, principalmente do blues, o rock and roll surgiu com a marca da transgressão. Já em seus primórdios, na década de 50, os artistas eram vistos como um "mal" para a sociedade. E a juventude, obviamente, viu que tinha coisa interessante ali.

Passando por Chucky Berry e Little Richards, o estilo cresceu até sair dos guetos negros. Aí surgiu Elvis Presley, com sua voz grave e seus rebolados. O "rei do rock" mostrou que o gênero podia ser doce, atrair multidões e se tornar algo extremamente rentável.

Nos anos 60, o rock cruzou o Atlântico e motivou uma nova revolução: a dos britânicos. De Liverpool, saíram os Beatles, quatro rapazes cabeludos que fizeram realmente o estilo se tornar pop. Mas o Reino Unidos gerou mais: The Kinks, The Who e Rolling Stones, entre outros.
Na mesma década, mas nos Estados Unidos, a doçura de Paul, John, George e Ringo encontrava seu oposto. Eram os Doors, com seu vocalista, Jim Morrison, expondo a trinca sexo, drogas e rock de forma descarada - e dando nova tradução à palavra rebeldia.

Já entrando nos anos 70, os solos de guitarra ganharam força e o clima viajante deu a cara aos adeptos do movimento hippie. Pregando acima de tudo o amor, estavam nomes como Jimi Hendrix, Janis Joplin e Led Zeppelin. Em paralelo, o Pink Floyd alçava vôos diferentes - e ainda mais malucos - com seu rock progressivo.

Os setentistas viram mais: o nascimento do heavy metal e a fúria dos punks. De um lado os Stooges de Iggy Pop, de outro os Sex Pistols e o The Clash. E toda uma geração que colocava a política em um patamar tão alto quanto o da música.

Houve nova virada de década e, com ela, nova mudança de rumos. Os anos 80 trouxeram uma faceta mais "triste" do rock, com Sisters of Mercy, The Cult, The Cure e The Smiths. Do mesmo período saíram as melodias engajadas do U2. A partir dos 90, o rock voltou aos sons mais crus com o pessoal de Seattle - especialmente o Nirvana - e às experimentações com uma nova avalanche inglesa - capitaneada pelo Radiohead.


quarta-feira, julho 12, 2006

E a minha seleção...

Que não é a canarinho, muito menos a de Del Piero, mas espero que cause mais acessos que o vídeo do Vannucci. :-0 (a febre do momento, pretensão eh pouco neh nega? rs)
É o resultado da busca que fiz na Vejinha, tem mostras de cinema e espetáculos de teatro que estão uma pechincha!!!
Vale a pena conferir!


CINEMA

1º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo
Clique aqui e confira a programação completa da mostra, que acontece no Cinesesc, na Sala Cinemateca e no Memorial da América Latina e tem sessões gratuitas!

Memorial da América Latina
Avenida Auro S. de Moura Andrade, 664, Barra Funda, 3823-4600.

Cinesesc
Rua Augusta, 2075, Cerqueira César, 3082-0213.

Sala Cinemateca
Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, 5084-2177.


Mostra: Japão Pop - O Novo Cinema Japonês
Festival que está rolando no Centro Cultural Banco do Brasil, apresenta até 16 de julho mais dez longas- metragens de temática moderninha, inéditos na cidade e realizados entre 2000 e 2005. De 28 de junho a 16 de julho
Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia-entrada) por sessão



TEATRO

Asfaltaram a Terra
texto e direção de Gerald Thomas
Está em cartaz no Teatro do Sesc Ipiranga. A montagem reúne os textos: "Brasas no Congelador", em que Serginho Groisman está numa trama que envolve Auschwitz, urânio e Internet; e "Terra em Trânsito", em que Fabiana Gugli faz uma atriz que dialoga com um cisne prestes a virar patê.
Terça e quarta-feira, às 21h.
Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, fone 3340-2000
Ingresso: de R$ 3,00 a R$ 10,00.


B, Encontros com Caio Fernando
dramaturgia de Lucienne Guedes.
Estreou em 2/6/2006.
Mezanino do Centro Cultural Fiesp (50 lugares).
Avenida Paulista, 1313, 3146-7405, Metrô Trianon-Masp.
Quinta a sábado, 20h30; domingo, 19h30.
Grátis. Ingressos distribuídos três horas antes. Até 27 de agosto.


O Canto das Baleias
texto de Jarbas Capusso Filho e Murilo Dias César, com o grupo Na Companhia de Mulheres, está em cartaz no Espaço dos Satyros 1.
Duas mães seqüestram o dono de uma universidade e exigem, como resgate, um valor que pague as mensalidades atrasadas e o restante do curso de seus filhos.
Terça e quarta-feira, às 21h.
Praça Roosevelt, 214, Consolação, fone 3258-6345
Ingresso: R$ 10,00.


Cia. da Revista
O grupo concebeu um espetáculo dividido em três partes – complementares, mas não dependentes.
Caos 1-3 (90min), que vai ao palco às quintas, 21h30, discute a amizade de sete personagens que se encontram para noites de diversão e promiscuidade.
Em Caos 2-3 (60min), atração das sextas, 21h30, os mesmos personagens lutam para sobreviver numa metrópole. Aos sábados, também às 21h30, Caos 3-3 (60min) aborda as relações surgidas nos dois episódios anteriores.
Completam a mostra da Cia. da Revista o monólogo Nem Aqui Nem Lá (50min), encenado por Claudia Zucheratto aos sábados, 20h, e aos domingos, 19h; e a comédia Mau Ditas (80min), com sessões às quintas e sextas, 20h, e aos domingos, 20h30.
Kleber Montanheiro e Nicole Aun dirigem todas as montagens. 14 anos.
Centro Cultural São Paulo – Espaço Ademar Guerra (120 lugares).
Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, 3383-3400, Metrô Vergueiro.
Quinta a sexta, 20h e 21h30; domingo, 19h e 20h30. Até 10 de setembro.
R$ 12,00.


O Prodígio do Mundo Ocidental
Estréia da clássica comédia “O Prodígio do Mundo Ocidental”, do dramaturgo John M. Synge (1871-1909), com tradução de Millôr Fernandes e direção de Ariela Goldmann. Doze atores representam a aventura do jovem Cristian Mahon, que tenta ingressar no mundo adulto fingindo ser alguém que não é.
Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, fone 3340-2000
De 01/07 a 30/07. sabados e domingos às 20h.Dia 22,sábado às 19h30
R$ 10,00; R$ 5,00 (usuário matriculado). R$ 3,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).


Fim de Partida
de Samuel Beckett.
Eis aqui mais uma daquelas peças do dramaturgo irlandês que despertam inúmeras interpretações. Escrita em 1957, enfoca a insólita convivência de quatro personagens de um abrigo de refugiados. Hamm é um misto de ditador e artista frustrado, cego e paralítico, que depende de Clov para tudo. Este tem uma estranha enfermidade que o impede de sentar. Os mutilados Nagg e Nell vivem dentro de latas de lixo. Com o grupo Teatro Moira.
Direção de René Piazentin (90min). 14 anos.
Estreou em 4/3/2006.
Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emílio Salles Gomes (110 lugares).
Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, 3383-3400, Metrô Vergueiro.
Terça a quinta, 21h. Até 3 de agosto.
R$ 12,00


La Méridienne
da Cia. Ezéquiel Garcia-Romeu.
O espetáculo de animação da trupe francesa é apresentado individualmente para cada um dos doze espectadores por sessão. Num cenário que simboliza um templo em miniatura, pequenos bonecos desenvolvem histórias que duram cinco minutos. São temas como a memória e a consciência ancestral do universo, a luz e a escuridão coletivas. Direção de Ezéquiel Garcia-Romeu (60min). Livre.
Teatro do Sesc Avenida Paulista (230 lugares).
Avenida Paulista, 119, 3179-3700, Metrô Brigadeiro.
Nesta quarta (12/07) a domingo (16/07), 18h30, 20h e 21h30.
R$ 10,00


Jogo de Cenas
de Flávia Bertinelli.
Improvisações a partir de um roteiro preestabelecido norteiam a montagem inspirada na commedia dell'arte. A platéia participa e elege os temas a ser abordados com anotações em papéis previamente distribuídos. Dividido em dois grupos, o elenco faz um sorteio para decidir as tramas que serão encenadas.
Direção da autora (45min). 14 anos. Estreou em 6/5/2006.
Centro Cultural São Paulo – Foyer (50 lugares).
Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, 3277-3611, Metrô Vergueiro.
Sábado e domingo, 15h. Até 27 de agosto.
Reestréia prometida para sábado (15/07).
Grátis.


Olga
de Alessandra Cavagna.
A peça narra a trajetória de Olga Benário Prestes, mulher do líder comunista Luiz Carlos Prestes que foi deportada para a Alemanha nazista. Silvana Lins interpreta a personagem presa em um campo de concentração.
Direção de Geraldo Fernandes (60min). 14 anos.
Teatro Ruth Escobar – Sala Gil Vicente (317 lugares).
Rua dos Ingleses, 209, Bela Vista, 3289-2358.
Segunda (10/07) a quarta (12/07), 21h.
Grátis.


Pret-à-Porter 8
criação coletiva dos alunos do Centro de Pesquisa Teatral (CPT).
Além da montagem anterior, que segue em cartaz, os alunos de Antunes Filho encenam a oitava edição do projeto. Vão ao palco três curtos episódios, destinados a aprimorar e exibir o método de criação do grupo. Pedro Abhull e Marcelo Szpektor protagonizam Velejando na Beirada. Na seqüência, Marília Simões e Aline Filocomo levam Exiladas. Szpektor volta ao lado de Emerson Danesi para encenar Ponto sem Retorno (80min). 14 anos.
Estreou em 6/4/2006.
Sesc Consolação – Sala CPT (70 lugares).
Rua Doutor Vila Nova, 245, 7º andar, Consolação, 3234-3000.
Sábado, 18h30. Até 16 de dezembro.
R$ 10,00. Bilheteria: 14h/21h (seg. a sex.); a partir das 16h (sáb.). Reestréia prometida para sábado (15/07).


Quase de verdade de Caetano Gotardo.
O drama intimista investiga a história real de mentirosos patológicos. Acomodados ao redor de uma mesa de chá, os espectadores acompanham causos relatados pelos personagens. Com Fernanda Chicolet, Mariana Martinez e Thaís Rangel.
Direção de Cainan Baladez (75min). 12 anos. Estreou em 27/5/2006.
Casa da Dona Yayá (30 pessoas).
Rua Major Diogo, 353, Bela Vista.
Informações e reservas, 9752-5280.
Sábado, 21h; domingo, 19h.
R$ 10,00. Até dia 30/07.


O Retrato de Dorian Gray
O texto, escrito em 1890, conta a história de um jovem que tem seu retrato pintado por um artista. A peça aborda com atualidade questões importantes como o dilema de um mundo que valoriza cada vez mais a juventude e a aparência física.
Teatro Popular do SESI-SP
Av. Paulista, 1313, Cerqueira César – Centro
De 22/4 a 13/9. Sábado e domingo às 16h
Grátis (retirar com 3 horas de antecedência)


Restos na Geladeira
de Brad Fraser.
A montagem reúne duas peças do dramaturgo canadense. Em Restos Humanos Não Identificados e a Verdadeira Natureza do Amor, um serial killer ameaça mulheres de uma cidade para falar da morte do amor e da perda da inocência aos 30 anos. Em Cobra na Geladeira, um réptil esconde-se pelos cantos de uma casa habitada por jovens. O animal simboliza a pornografia, a pedofilia e as relações de co-dependência.
Com alunos do 4º ano da Escola de Arte Dramática da Escola de Comunicações e Artes da USP. Tradução e direção de Marco Antônio Pâmio (240 min, com intervalo). 14 anos.
Teatro Laboratório da ECA/ USP – Sala Alfredo Mesquita (125 lugares).
Avenida Luciano Gualberto, travessa J, 215, Cidade Universitária, 3091-4376.
Quarta a sexta, 20h; sábado e domingo, 19h.
Grátis.
Ingressos distribuídos uma hora antes. Até 6 de agosto.


O ritual dos 7
do Grupo Sensus.
A trupe em cartaz com Performance Sensorial estréia mais um espetáculo interativo. Poemas de Álvaro de Campos (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) e Clarice Lispector são usados para abordar os sete pecados capitais. Sob a orientação do elenco e divididos em grupos, os espectadores acompanham as cenas que se desenrolam simultaneamente em sete salas distintas. Direção de Thereza Piffer e Dan Rosseto (49min). 16 anos.
Casa das Rosas (42 pessoas)
Avenida Paulista, 37, 3285-6986, Metrô Brigadeiro.
Sexta e Sábado, 23h49.
R$ 14,00. Até dia 29/07. A estréia estava prometida para sexta (07/07).


A voz do Provocador
de Antonio Abujamra.
Monólogo onde Abujamra transfere para o palco algumas discussões de seu programa de televisão, Provocações. Ele contracena com imagens projetadas em um telão e até mesmo com uma foto sua, pendurada num cartaz. Em pauta, a loucura da sociedade moderna, com temas definidos quase sempre de improviso. Direção do autor (70min). 12 anos. Estreou em 2/9/2005.
Teatro do Sesc Santana (349 lugares)
Avenida Luís Dumont Villares, 579, Jardim São Paulo, 6971-8700.
Quarta e quinta, 21h.
R$ 2,00.
Bilheteria: 13h/21h (ter. a sex.); a partir das 10h (sáb. e dom.). Até dia 27/07.



Salve a Vejinha!!! Que sempre me liberta do TÉDIO*!

* diálogos tediosamente filosóficos... como assim vc não conhece o Anônimo? :-o

terça-feira, julho 11, 2006

Canto de Julho

É um projeto da prefeitura de Osasco que tem como objetivo abrir um espaço para a classe artística local mostrar seu trabalho e intensificar o contato com o público.
Apesar da bela iniciativa, a falta de divulgação pode prejudicar o evento, que está sendo feito boca-a-boca pelos artistas da região. O site da prefeitura notifica apenas o canto de julho do ano passado e a programação do evento está misturada à programação geral da cidade.
Garimpando o site da prefeitura e associando com o que ouvi falar*, segue a programação do canto de julho de 2006:

12/07 - Quarteto Moderato em Moderato Convida - M P B
13/07 - Lecka Em Trio em Noite Do Real - M P B
14/07 – Grava Semente em Os Elementais - M P B
15/07 – Voz Ativa e Madrigal- MPB
16/07 - Bilo Mariano em Viver Compromisso - M P B
17/07 - Rubinho Justh e Banda em Instrumental Jazz E Blues (Soul)
18/07 – Casa dos Violeiros de Osasco Duplas Sertanejas Música Raiz
19/07 - Conservatório Musical Vila Lobos - MPB
20/07 - Chikinho Alves em Misturas - MPB
21/07 - Comunidade Reencontro em musica Gospel
22/07 - Banda Peyolt
23/07 - Isa Ferreira em Projeto Canto Sonhar - MPB
24/07 - Eron Meira em Assim Mesmo - MPB
25/07 - Daniel Wergan e Banda em O Dialeto do Castelo Coração - MPB Alternativo
26/07 - Conservatório Musical Vila Lobos - MPB
27/07 - Negro Nei e o Rosário em Do Jeito Que Nasce - MPB
28/07 - Toninho Nascimento em O Segredo de Mulher - MPB
29/07 - Banda Julia Car em Okm - MPB
30/07 - Max Fairbanks e Bilo Mariano em Estação Saudade - MPB
31/07 - Banda Mokó de Sukata em Trokaoslixos Sukata Antropofágica
01/08 - Batista Júnior em Samba Rock SOUL
02/08 - Mirtes Marques em As Múltiplas Faces de Eva - MPB
03/08 - Banda Subtotal em Quem Nunca Foí tá Voltando - MPB
04/08 - Alcatéia Blues em Keep On Blues
05/08 - Banda Nação Rastafari em Expressão do Gueto
06/08 - Plínio Mestre em Planeta Terra - MPB
07/08 - Ítalo Junior em Músicas e Palavras - Show Gospel Evangélico
08/08 - Regina Vasques e Alberto de Camargo em Cantinho Caipira - Músicas de Violão
09/08 - Luiz Pedro em Festa na Região - MPB
10/08 - Felipe Paixão em A Arte da Música - MPB
11/08 - Logan Rocha em Banda Negra Fusão em Música de Cor - Black Music
12/08 - Salatiel Silva e Banda em Ciranda de Cantigas - Folclore Brasileiro (às 15hs)
12/08 - Carlinho Orsi (às 20h)
13/08 - Encerramento na Feira de Artes, Cultura e Lazer, no estacionamento da prefeitura com a Banda Centro da Terra - Rock and Roll e Os Nós Cegos (às 15hs)

Durante a Mostra Musical estará aberta ao público no saguão, Exposição de ArtesEntalhe em madeira, obras do artista Sandro Costa, das 10:00 às 21:00 horas.**
Lembrando que o evento está sendo realizado no Espaço Cultural Grande Otello - Rua Dimitri Sensaud de Lavaud, 100 – Centro – Osasco (ao lado do estacionamento da Prefeitura), sempre às 20h (salvo as excessões citadas).


* consegui o programa, essa é a programação oficial
** retirado do spam do bem do Guina :-)

segunda-feira, julho 10, 2006

oariá raiô obá obá obá...

mas que nada sai da minha frente eu quero passar pois o samba está animado o que eu quero é SAMBAR! este samba que é misto de maracatu é samba de preto velho samba de preto tu mas que nada um samba como esse tão legal você não vai querer que eu chegue no final

Saí da minha frente que eu quero passa-ar!

Que dia cinza e feio.
Chuva chata que não pára, da qual fui vítima no início dessa madruga... parecia um pinto molhado, um patinho feio molhado.... rs
Acordei preguiçosamente achando ki a perseguição tinha acabado, mas eh lógico que não, e foi só colocar o pé pra fora de casa e cabummmmm!!!! O mundo caiu!
A umidade acaba com o meu cabelo, desculpem a futilidade, mas é um fato!
O legal que foi só subir no ônibus para a chuva amenizar. Obvio que é pessoal...
Mas por acaso, vc conhece algum ser que em sã consciência, completamente ensopada, diante de todo o caos consegue cantar na chuva? Há!
Não dizem que seus males espantam? E espanta mesmo. Tanto que a canturia é automática e inconsciente.
Viver gera isso!
Ou melhor, viver bem!
Tudo reflexo do final de semana regado de cerveja, música, cultura, ki panqueca e muito descanso.... ZZZzzzzzz aproveitar a vida, ver coisas legais, conhecer gente nova, ler bons textos, dançar, curtir... ki delícia!
Até chegar o domingo à noite e às vésperas da realidade surge o espectro do Mérito e o Monstro...
Ai, ai...
Preciso ter calma e controlar minha ansiedade para conseguir fazer um pouquim de tudo.

Sorte do dia: "Você terá conhecimento de uma grande vitória. "
Há!
Ki grata coincidência... espero ki o tio do biscoito esteja certo!

terça-feira, julho 04, 2006

... depois de uma noite maravilhosa com uma mistureba dos Deuses, ao som de de Jorge Ben, Tim Maia, Doors, Bob Marley, Live, Alceu Valença, Zé Ramalho, Marisa Monte... e diversas composições próprias...
... enquanto trocentas idéias indefinidas contaminam meu ar, nomeio essa, como a música do meu dia:

Meu Amor, Meu Bem, Me Ame Zeca Baleiro meu amor meu bem me ame não vá pra Miami meu amor meu bem me queira tô solto na buraqueira tô num buraco fraco como galinha d’angola meu amor meu amor manda não vá pra luandanão vá pra aruba se eu descer você suba aqui no meu pescoço faça dele o seu almoço roa o osso e deixe a carne meu amor meu bem repare no meu cabelono meu terno engomado no meu sapato eu sou um dragão de pêlo eu cuspo fogo não me esconda o jogo ou berro no ato meu amor meu bem me leve de ultraleve de avião de caminhão de zepelim meu amor meu bem sacie mate minha fome de vampiro senão eu piro viro hare-krishna hare hare harenão me desampare ou eu desespero meu amor meu bem me espere até que o motor pare até que marte nos separe meu amor ele é demais nunca de menos ele não precisa de camisa-de-vênus Ouça o que eu vou dizer meu bem me ouçao que ele precisa é de uma camisa-de-força você é a minha cura se é que alguém tem cura você quer que eu cometa uma loucura se você me quer cometa

segunda-feira, julho 03, 2006

Chegou ao fim o FECT 2006...

E com grandes surpresas!
O espetáculo cotado pelo público como o grande vencedor da noite, És mera coincidência, ficou apenas com o segundo lugar. Confira abaixo a lista com os vencedores*:

Melhor Ator:
Adriano Veríssimo

Melhor Ator Coadjuvante:
Alex Pereira

Melhor Atriz:
Rithiene Costa

Melhor Atriz Coadjuvante:
Kedima

Melhor Cenário:
Pequena Encantadora

Melhor Direção:
Maiara Medeiros

Melhor Espetáculo:
Nos Versos a Esperança

Melhor Figurino:
Só se vê bem com o Coração

Melhor Maquiagem:
Pekats et circense

Melhor Sonoplastia
Pekats et circense

Melhor Texto Original:
És mera coincidência


Homenageado:
Juarez Adriano

Menção honrosa:
Café com Bobagem


Fui surpreendida em diversas categorias, vários atores talentosos e espetáculos interessantes que mereciam no mínimo uma indicação, voltaram para casa amargando o sabor da derrota.

Alguns espetáculos foram eliminados dos meus preferidos por abordarem temas apelativos ou histórias preguiçosas que nada acrescentam. Entretanto isto não significa que esses temas devam ser abolidos, muito pelo contrário, bem organizados e estruturados podem originar ótimos espetáculos. Sou a favor de discurso inteligente (ou no mínimo coerente), montagens criativas, interpretações estudadas, cenários caprichados... Por isso, fui surpreendida, mas a surpresa não pode ser considerada negativa, apesar de não comporem a minha lista, os vencedores foram bem, cumpriram seu papel fazendo um bom feijão-com-arroz deixando muito cavear para trás**.

Por outro lado, me constrangeu o discurso de um dos jurados ao dizer que gostou do nível do FECT, a menos que ele tenha substimado a produção artística da cidade, na minha humilde opinião de atriz frustrada e apreciadora de cultura em geral, ao longo dos cinco dias de apresentações apenas 5 ou 6 grupos mereceram destaque, obviamente não estou desmerecendo os outros, mas foi nítido que muitos eram iniciantes e estavam com propostas pouco desenvolvidas.

Seria interessante para o próximo festival criar categorias infantis e adultas, e reciclar o quadro de jurados que já participaram de alguma edição anterior do festival, recrutando profissionais de outras regiões.

Parabéns aos ganhadores! Espero que os grupos que perderam não desanimem continuem trabalhando, aprimorando o potencial e disseminando cultura pela nossa cidade e região.

Clique aqui e confira algumas foto do encerramento.
Clique aqui e assista a reportagem feita pela TV Click.


* Espero ter anotado corretamente os dados no calor da emoção.
** Ouvi essa frase em outro contexto de um amigo

domingo, julho 02, 2006

El Gran Finale - FECT 2006

Não poderia ter sido diferente, foi a melhor noite do festival!
Quem abriu foi a Cia São João com a esquete Um trem caipira. Dirigida por João Antunes Rodrigues. A comédia tinha um bom desenrolar até a ida de Rosinha à capital. Enquanto a atriz preparava um figurino moderno para voltar à roça, o ator que contracenava com ela interagia com a platéia, porém, a atriz demorou muito para trocar o figurino estourando o tempo limite estipulado pela organização do festival que é de 20 minutos. Para decepção da platéia e desilusão do grupo, a campainha foi acionada e com ela a esperança do grupo em faturar alguma indicação ou prêmio no FECT. Uma pena, pois a atriz que interpretou a Rosinha estava muito bem e provavelmente receberia uma indicação como melhor atriz.

Esquete Um trem caipira

O Grupo das Amigas apareceu com a esquete Comunicação. Contracenada por duas atrizes que interpretavam homens, a narrativa lembrava folhetins cômicos, no qual um dos personagens ao longo de todo o espetáculo tentava explicar que queria compra um alfinete. A idéia seria interessante se não tivesse se alongado tanto.
O último grupo da noite o Bambaré apresentou Dos Versos à Despedida. Extremamente poético contou os últimos dias de vida de um escritor. Gostei bastante da direção e da interpretação dos atores, poderia ter sido o melhor grupo da noite se eles cuspissem fogo...
Céus! Imagina se cuspisse!!!
Foi a única resposta que encontrei depois de ver a esquete Mera Coincidência com o grupo Quem nos dera cuspir fogo.
Escrito e dirigido pelo talentoso Hugo Henrique a história passava-se no século XVIII e retratou um amor proibido que no final surpreendente foi superado pela ganância e cobiça.
A atriz principal, Ana Paula, apresentou uma rica interpretação, soube pontuar seu discurso e controlou muito bem as nuances de sua voz. Com certeza receberá indicação de melhor atriz e não causará surpresas se levar o troféu.
Para surpresa geral, a matriarca da esquete era a mãe do diretor. Longe dos palcos há 37 anos, mostrou que atuar é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece. Neste caso, vemos que o talento é genético e evolui a cada geração.
O cenário encheu os olhos! A forma como a esquete foi encenada transformou o Teatro em um verdadeiro castelo, eram claramente visíveis as simulações de sacada, corredor e aposentos. O trabalho com a luz foi mágico! A luz amarela em contraste com o vermelho da cortina e todas as cores do teatro deram o clima ao espetáculo.
Algo que dever ser lembrado é a sonoplastia, que foi tão perfeita que não se sentia a sua presença, ela realmente compunha as cenas.
Agora o figurino realmente foi aniquilador! Todos aqueles volumes, brilhos e babados retratavam belamente o século da abolição, era tão caprichado que em alguns momentos poderia ser comparado com o figurino da novela das 18h.
Fiquei impressionada com a criatividade do Hugo, deixou todos os grupos há anos luz de distância, demonstrando grande talento e profissionalismo, que apesar de amador, não deixa nada à desejar a diversos grupos profissionais.
Não tenho dúvidas que essa noite será dele. Com todo o cuidado e competência apresentado ele merece!

a única foto que consegui da esquete Mera Coincidência

À todos os grupos que se apresentaram no FECT, parabéns pela coragem e iniciativa!
Espero que não tenhamos nenhuma surpresa desagradável e que tudo ocorra bem!
Muita MERDA!

Infelizmente não estive presente no quinto dia de FECT.
Comentários:
  • O primeiro e o segundo grupo foram os melhores;
  • Os grupos estavam bons, porém, as histórias estavam com o time errado, deveriam ter sido encerradas antes;

Se alguém que esteve presente e quiser falar um pouco sobre a noite, o espaço está aberto!

Quarto dia!


E nada mais justo começar dentro de um quarto!
Trocadilhos autistas à parte, o grupo de Osasco Nós ao Cubo chegou cheio de moral com a enquete Nada ficou para trás. Dirigido por Thais Helena e formado por adolescentes, o grupo relatou o difícil relacionamento uma atriz com o seu pai.
É perceptível o talento da garota que interpretou a atriz, porém, faltou técnica como projeção vocal e percepção do tempo, suas falas eram corridas e sem acentuações resultando em frases incompreensíveis.
Para alegrar a meninada, o grupo carapicuibano, Caras e Bocas aprontou todas na esquete Café com Bobagem. Dirigido por Carlos Serafim, utilizou um formato similar ao da Praça é Nossa, crianças que aparentavam ter entre 05 e 14 anos esbanjaram talento em pequenos quadros de piada onde simulavam ser "gente grande" (simulações infantis costumam encantar os adultos, vide o comercial dos bichinhos da Parmalat ou os bizarros quadros infantis do Raul Gil :-s ).
A ingenuidade e desenvoltura levaram a platéia várias vezes ao riso. Destaco duas pequeninas: uma mulatinha trajando uma micro saia e uma loirinha de cartola que fez um quadro no qual sua meia calça desfiou, fofíssimas!
Se essa galerinha continuar nos palcos, vai ser páreo duro para os futuros "velhinhos do teatro".
Após os risos, o tormento! Que chegou com o grupo osasquense Tafularia que apresentou da obra de Chico Buarque, O Estorvo (que nasceu como livro, já foi longa, inspiração para curta e agora ocupa seu espaço no teatro).
O monólogo (infelizmente não lembro o nome do ator que encenou) relata momentos tensos de um homem que entra em estado de perturbação ao se deparar com um estranho que bate à sua porta. Segurar um monólogo é uma tarefa muito difícil, o ator deve possuir grande desenvoltura para prender a atenção do público. Ok, isso é elementar, mas apenas para situar, diante disto, o ator não conseguiu segurar por completo a minha atenção e me incomodou o momento que ele ficou falando no breu enquanto o cenário era trocado. No geral, foi uma boa apresentação.
O encerramento da noite ficou por conta das crianças do Caras e Bocas II, que voltaram ao palco com a esquete A Vida é um Circo. Relatou em forma de contos de fadas a vida uma garota de rua sonhava ser como as outras crianças ter casa, família e estrutura. O Teatro Municipal foi transformado em picadeiro onde a criançada pintou e bordou.
Não sei se é justo crianças competirem com atores que estão nos palcos há algum tempo, não só pelo apelo emocional como pela ausência de técnica por parte das crianças, mas essa noite sem sombra de dúvidas elas dominaram!