Abobrinhas Refogadas

domingo, fevereiro 11, 2007

Olho no Lance!

Chutes, dribles, pancadas (ai tadinho!), arrancadas, cabeçadas, carrinhos, trombadas, escorregões... esse é o grande bailado do futebol.

Puxa, chuta, grita, bate, fingi, ri, aplaude, vibra, chora!

Nossos olhos se perdem entre tantas coxas molhadas, ops! Digo... PÉS! Que agridem a grama com tamanha garra e determinação, com um único objetivo: O GOL!

É tanta ginga, tanta energia que me deixo levar por esse compasso envolvente, que deixa minhas mãos molhadas e meu olhar atento toda vez que a bola entra na grande área do time adversário:

“UHHHH!!! Pra fora!”

Esses corpos molhados que vem, que vão, rodopiam, pulam e sapateiam, carregam na ponta da chuteira desejos e esperanças de milhares de pessoas, muitos, devotos do esporte que respiram futebol, choram gols!

Responsabilidade que muitas vezes pesa, o psicológico deve estar em dia. E a tristeza da derrota e do orgulho, ferido torna-se felicidade geral para a nação adversária.

Isso é futebol: raça, dor, emoção, orgulho e paixão!

Meus amigos corithianos que me perdoem, mas:

"Viva o São Paulo, que vence mais um clássico, mantendo o tabu de 12 jogos sem perder do 'Timão' (!?)".


Lenilson - autor do primeiro gol da goleada de 3X1

terça-feira, fevereiro 06, 2007

frase do dia:
se queres a felicidade de amar
esquece a tua alma

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

10 anos sem Chico Science

Há dez anos, às 18h30 de 2 de fevereiro de 1997, Chico Science, 30, batia seu Fiat Uno branco em um poste no Complexo de Salgadinho, na divisa de Recife e Olinda. Às 20h, dava entrada no hospital da Restauração, na capital pernambucana, já morto.

Morria ali um pouco dos anos 90, morria o artista que colocou rios, pontes e overdrives na música brasileira e movimentou o Brasil com o mangue beat (ou mangue bit), último acontecimento musical --e além-- relevante e consistente do país.

Chico Science, com sua banda Nação Zumbi e com Fred 04, vocalista da banda Mundo Livre S/A, encravou a antena parabólica na lama no começo dos anos 90 em Recife, "a quarta pior cidade do mundo". Em 1992, 04 e o jornalista Renato L. escreveram o manifesto "Caranguejos com Cérebro", carta de intenções dessa turma pernambucana que viria a influenciar muitas outras de norte a sul do país.

Talvez eles não imaginassem que aquele texto, utópico, iria mudar a cara da música pernambucana e elevar o estado nordestino a um dos mais criativos e efervescentes da cultura brasileira. Passada mais de uma década, o mangue beat continua influenciando novas gerações com seu som e sua ideologia.

texto de Marcelo Negromonte
(editor do UOL Música)